O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, em inglês) em Timor-Leste, juntamente com a Organização Internacional de Trabalho (OIT), a Secretaria de Estado para Formação Profissional e Emprego (SEFOPE) e o Ministério das Finanças, realizou um colóquio relacionado com problemas infantis no país.
Estas entidades comprometeram-se a ajudar o Governo timorense na identificação de lacunas na erradicação do trabalho infantil.
A representante da UNICEF, Valérie Taton, declarou que, a nível mundial, cerca de 152 milhões de crianças são vítimas de trabalho infantil. Metade trabalha em atividades consideradas perigosas.
“As crianças são forçadas a trabalhar devido aos fracos recursos socioeconómicos dos seus pais”, partilhou igualmente.
Eliminação do trabalho infantil no país
Segundo o Secretário de Estado do SEFOPE, Alarico de Rosário, o objetivo central da iniciativa é partilhar experiências acerca da questão do trabalho infantil. Este é um problema bastante visível em Timor-Leste.
Tal problema, disse ainda, representa uma preocupação de todos os quadrantes da sociedade timorense, na medida em que os dados recentes mostram que uma percentagem significativa de crianças entre os cinco e os 17 anos são vítimas de trabalho infantil. Na grande maioria trata-se de vendedores ambulantes.
“O trabalho infantil é uma questão que nos preocupa a todos. Temos, pois, de tomar medidas concretas que ponham fim a este flagelo”, defendeu.
Também o representante da OIT, Nívio Magalhães, destacou a importância de serem colocadas em prática ações sustentadas e concretas para eliminar de vez o trabalho infantil no país.