O Banco Mundial prevê que a economia de Timor-Leste recue pelo menos 5% este ano, tendo em conta o impacto causado pelas medidas tomadas para prevenir a pandemia da Covid-19 e a incerteza política existente no país.
A nova previsão, partilhada através da divulgação de um relatório da entidade financeira, corrige em baixa a previsão da instituição apresentada a 31 de março, altura em que previa uma descida no Produto Interno Bruto (PIB) de 2,8%, o que indicava uma forte correção face à previsão feita no ano passado, que apontava para um crescimento de 4,6% em 2020.
No “Relatório Económico de Timor-Leste: uma nação sob pressão” é mencionado que para evitar aquilo que será “o choque económico mais profundo na história de Timor-Leste desde a independência” requer “ações políticas ousadas e um forte consenso político”.
“Os formuladores de políticas têm a tarefa extremamente difícil de minimizar os riscos à saúde enquanto protegem os meios de subsistência das pessoas”, disse o economista do Banco Mundial em Timor-Leste, Pedro Martins, acrescentando ser “crucial que as escolhas de políticas económicas e de saúde considerem as evidências emergentes e as circunstâncias específicas de Timor-Leste”.
O documento sublinha os “consideráveis efeitos económicos negativos” do novo coronavírus, com “restrições internacionais de viagens, interrupções comerciais e medidas de saúde pública” para conter o surto, mas que “prejudicarão a atividade económica doméstica”.
Como tal, o Banco Mundial defendeu a necessidade de haver “um plano de resposta económica eficaz” que dê “alívio vital às famílias e empresas”.