O Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) comunicou ao primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, a saída da sua força política do Executivo. Foi o líder do CNRT, Xanana Gusmão, quem recomendou aos membros do Governo que se demitissem.
O antigo Presidente da República de Timor-Leste sugeriu “a todos quantos foram, em junho de 2018, indicados pelo partido e empossados como parte do atual Governo, a resignarem de livre vontade”.
O comunicado foi feito através de uma carta, onde Xanana afirma publicamente “que o CNRT, como partido, retira-se politicamente da constituição do atual Governo”. O ex-Presidente recomendou “a todos quantos foram, em junho de 2018, indicados pelo partido e empossados como parte do atual Governo, a resignarem de livre vontade”.
O dirigente deu assim “liberdade de escolha a quem quer que seja que, por razões puramente pessoais, pretenda manter-se no atual Governo”. No entanto, alertou que quem o fizer “perde todos os laços políticos com o partido”, não podendo representá-lo “em decisões que vierem a tomar, enquanto membros do Governo”.
O comunicado é feito após o político timorense ter mencionado a “profunda remodelação do Governo”, pela qual felicitou Matan Ruak. Esta decisão da saída política do CNRT foi tomada a 30 de abril, numa reunião da Comissão Política Nacional da formação política, mas acabou por ser comunicada ao primeiro-ministro apenas a 07 de maio.
O Governo tem, atualmente, vários membros do CNRT ou indigitados por este partido, incluindo os ministros de Estado na Presidência do Conselho de Ministros, dos Negócios Estrangeiros, da Educação e a ministra interina das Finanças, entre outros.