O mais recente relatório do Banco Mundial prevê que a economia não petrolífera de Timor-Leste poderá contrair quase 10% em 2020. Esta é a previsão menos otimista, que indica ainda um recuo mínimo de cerca de 7%.
“Um pacote de política de retoma económica deu algum apoio a famílias e empresas em Timor-Leste. Apesar disto não evitar a maior recessão desde a independência, a recente transição política constitui uma oportunidade para alcançar reformas estruturais muito necessárias”, mencionou a instituição nas previsões económicas para o Leste da Ásia e Pacífico (LAP).
Entre o grupo de países em desenvolvimento, e em qualquer dos cenários, Timor-Leste regista a terceira maior contração da região. Encontra-se assim abaixo das ilhas Fiji, onde a economia deverá cair pelo menos 21,7%, e da Tailândia, com uma descida de pelo menos 8,3%.
No documento divulgado, Timor-Leste é agrupado nos países em desenvolvimento da LAP, que incluem Camboja, China, Indonésia, Laos, Malásia, Mongólia, Myanmar, Papua Nova Guiné, Filipinas, Tailândia, Vietname e os países-ilhas do Pacífico.
Sob o tema “Da contenção à recuperação”, o relatório do Banco Mundial sobre a região notou que aos efeitos da pandemia da Covid-19 juntaram-se “o impacto económico das medidas de contenção e as reverberações da recessão global”.
Também segundo as previsões, a região em conjunto deverá registar neste ano um crescimento de apenas 0,9%, “a taxa mais baixa desde 1967”. Trata-se de um valor positivo que se deve à China, onde a economia deve crescer 2%, “impulsionada pela despesa pública, pelas exportações fortes e pela baixa taxa de novas infeções” da Covid-19.