O embaixador timorense na Austrália declarou em Camberra, capital australiana, que Timor-Leste irá recorrer a capital chinês para desenvolver os campos petrolíferos do Greater Sunrise, bem como projetos associados, caso os investidores de outros países como a Austrália, o Japão, os Estados Unidos da América ou a Coreia do Sul não avancem.
Abel Guterres avançou que o seu país continua confiante nas perspetivas de desenvolvimento do Sunrise, nomeadamente o projeto de um gasoduto até ao sul de Timor-Leste. “Se os nossos amigos norte-americanos, australianos, japoneses e coreanos não avançarem, então, não temos escolha: os chineses têm capital”, afirmou numa entrevista dada ao “Australian Financial Review”.
O representante timorense acrescentou ainda que “há capital: é uma questão de como lidamos com as questões que existem para construir a confiança dos investidores”.
Esta entrevista é dada poucos dias antes de Timor-Leste concluir a compra de uma participação maioritária de 56,6% no consórcio dos poços petrolíferos Greater Sunrise, no mar de Timor, no valor de 650 milhões de dólares (cerca de 580 milhões de euros). O dinheiro sairá do Fundo Petrolífero do país.