O ex-padre Martinho Gusmão, que foi ‘dispensado’ pelo Vaticano para poder candidatar-se às eleições presidenciais em Timor-Leste, partilhou que tem como prioridade realizar “uma revolução na educação”. A afirmação foi feita em entrevista à “Lusa”.
Segundo o candidato, os timorenses estão mentalmente colonizados por si próprios. “Conseguimos deitar fora o colonialismo, mas somos mentalmente colonizados por nós próprios. Temos de começar a falar na nossa própria linguagem. Ainda não conseguimos construir a nossa própria linguagem de ser timorenses ou ‘timores’. A nossa identidade ainda não foi forjada”, observou.
Martinho Gusmão referiu que a sua candidatura é resultado de um percurso natural, que começou na infância e consolidou-se na altura em que se tornou padre. Tinha muitos escritos, várias intervenções públicas acerca da situação do país, mas “não interessavam a ninguém”.
“E depois via que a minha análise era dita e feita. Mas não basta teoria, é preciso coragem de atos”, defendeu.