O secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, afirmou nesta terça-feira, 13 de setembro, que o partido saiu reforçado do V Congresso Nacional, realizado na semana passada em Díli.
Segundo Alkatiri, foi recuperada a natureza frentista e iniciado um processo de transição geracional. “Não só seguimos a linha do partido, como afirmámos o partido como a maior organização político-partidária do país. Um partido que busca a inclusão, mas não a submissão a outros”, disse em entrevista à Lusa.
“A Fretilin deve ser a Fretilin do povo. Na prática, isso representa voltar às raízes, trabalhar com gente simples e formar a nova geração adequadamente”, realçou.
O representante da maior força política timorense, uma das três no atual Governo, admitiu que os militantes da Fretilin expressaram preocupação sobre a situação da formação política e do país. O partido “não trabalhou na sua base frentista” desde a restauração da independência de Timor-Leste.
“E isso foi detetado quando baixei às bases, e é fundamental mudar. Devem ser tidos em conta os líderes naturais, bem como os novos talentos no seio do povo. Teria sido fundamental ter mantido a Fretilin como partido a afirmar-se nas eleições, mas sem descorar a necessidade de reforçar as bases frentistas”, defendeu.