A Fretilin solicitou uma auditoria ao Gabinete das Fronteiras Marítimas de Timor-Leste, que é liderado pelo ex-Presidente Xanana Gusmão. De acordo com o partido da oposição, o Parlamento desconhece, até ao momento, o valor e o destino dos fundos que gastou no setor petrolífero.
Segundo o deputado Marito Mota, da Fretilin, a auditoria deve abranger também a petrolífera Timor Gap, o regulador Autoridade Nacional de Petróleo e Minerais, o Instituto de Petróleo e o Instituto de Petróleo e Geologia.
“A bancada da Fretilin, e com todo o respeito, pede ao senhor Xanana Gusmão, pela sua reputação, pela sua integridade política e demonstração de boa governação, que escreva um pedido à Câmara de Contas para realizar uma auditoria financeira ao desempenho de todo o setor petrolífero, ao desempenho durante a sua liderança nas funções como representante especial do Governo, para as questões da fronteira marítima e desenvolvimento do projeto da costa sul”, afirmou Marito Mota.
Para a formação política “seria melhor que fosse o senhor Xanana Gusmão, ele próprio, a pedir à Câmara de Contas para realizar uma auditoria financeira, do que depois ser o ministro do Petróleo e Recursos Naturais a pedir tal auditoria, evitando assim especulações de vingança política”.
No entanto, Mota saudou o facto de Xanana ter resignado como representante especial do Governo para as fronteiras marítimas com a Austrália e para o projeto dos poços do Greater Sunrise, no Mar de Timor.
Esse foi, realçou, um “acto político positivo” que se enquadra no facto de o partido de Xanana Gusmão, o CNRT, ter deixado de fazer parte do atual Executivo.