O Governo timorense afirmou esta quarta-feira, 03 de maio, que é do interesse nacional preservar a relevância da Timor Telecom e a sua posição competitiva, tendo em conta a viabilidade comercial e financeira e o valor estratégico da empresa da qual se irá tornar acionista maioritário.
“Por um lado, por motivos comerciais e financeiros, uma vez que continua a ser uma empresa viável. Por outro, porque a Timor Telecom assume de facto um valor estratégico, como uma das maiores e mais importantes empresas de Timor-Leste, como a principal fornecedora nacional de serviços de telecomunicações, em especial ao próprio Estado, e como relevante instrumento de coesão social e territorial”, declarou o ministro das Finanças, Rui Gomes, citado pela “Lusa”.
As afirmações foram feitas em Díli, na altura da assinatura de um acordo de compra da participação da brasileira Oi na Timor Telecom. Trata-se de uma operação avaliada em 21,1 milhões de dólares e que torna o Estado o acionista maioritário da empresa.
“Com o contrato que iremos assinar em seguida, o Estado passa a ser o maior acionista da Timor Telecom, aumentando a sua participação de 20,59% para 77,65% do capital social. Essa vertente do negócio, à qual é atribuído o valor de 5,44 milhões de dólares, permite ao Estado assumir o controlo da empresa, aumentando a sua capacidade para influenciar as opções estratégicas, considerando também as expectativas legítimas dos acionistas privados minoritários”, explicou o governante.
Recorde-se que o Presidente da República, José Ramos-Horta, manifestou ser contra esta compra da participação da brasileira Oi, uma vez que a mesma acontece no fim do mandato do atual Governo.