O Governo decidiu suspender a cerca sanitária no enclave de Oecusse e também atenuar as medidas preventivas em vigor em Timor-Leste, referentes à pandemia da Covid-19. A decisão foi tomada nesta sexta-feira, 15 de janeiro, três dias antes do fim previsto da cerca sanitária.
Segundo o Executivo, a suspensão da cerca deve-se “à recuperação de todos os infetados com Covid-19 na RAEOA [Região Administração Especial de Oecusse-Ambeno], bem como à ausência de registo de casos decorrentes de transmissão comunitária”.
No comunicado divulgado pode ler-se igualmente que, com esta suspensão, voltam a “ser permitidas as deslocações, por via terrestre e marítima, entre a referida região e os demais municípios”. O país tem, atualmente, seis casos ativos de Covid-19.
Também a recuperação de infetados e a ausência de casos de transmissão comunitária levaram o executivo a relaxar as restantes medidas aplicadas no nono Estado de Emergência, que vigora até ao início de fevereiro.
Deixam então de estar proibidas concentrações de grupos com mais de dez pessoas e deixa igualmente de ser obrigatória a higienização das mãos à entrada dos estabelecimentos comerciais, bem como o uso de máscara, ainda que recomendado.
O Governo timorense recomenda a adoção de “comportamentos de distanciamento social, designadamente evitar participar em aglomerações de pessoas, manter uma distância de, pelo menos, um metro entre cada pessoa, com os quais não vivam em economia comum”.
Deixa assim de ser limitada a entrada no país a funcionários internacionais e outros relacionados com o Estado, mas “a entrada de estrangeiros em território nacional, através das fronteiras terrestres, permanece sujeita a autorização prévia”.