Vinte jornalistas de rádios comunitárias de Timor-Leste iniciaram nesta segunda-feira, 18 de novembro, um curso de formação em jornalismo radiofónico, desenvolvido para melhorar o escrutínio das finanças públicas.
O curso é realizado no âmbito das ações promovidas pela “Parceria para a melhoria da prestação de serviços através do reforço da Gestão e Supervisão das Finanças Públicas em Timor-Leste” (PFMO), um projeto cofinanciado pela União Europeia e pelo Camões-Instituto da Cooperação e da Língua, também responsável pela implementação.
O secretário de Estado da Comunicação Social timorense, Merício dos Reis Akara, afirmou na abertura que a formação é útil para o desenvolvimento profissional do setor da rádio no país.
“A rádio ainda é a principal fonte de informação em Timor-Leste pelo que uma formação em jornalismo radiofónico é uma mais valia para os jornalistas timorenses”, lembrou, acrescentando que “temos que procurar oportunidades para continuar a aprender”.
Para o embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira, a formação é importante pelo facto de chegar a vários pontos do território timorense, nomeadamente através das rádios comunitárias.
“Não é nova a aspiração de poder estender a formação aos meios de comunicação social presentes em todo o território”, explicou, ajuntando que “as rádios comunitárias desempenham aqui um papel muito relevante, pois permitem a divulgação da informação e a construção de uma opinião pública fora dos meios urbanos, junto das comunidades rurais espalhadas por todo o país”.
Ao todo, o curso vai ter 60 horas, ministradas em língua portuguesa, com interpretação simultânea em tétum. O tempo será dividido em cinco módulos, entre os quais captação e edição de som, linguagem e escrita radiofónica, notícia em rádio, reportagem, entrevista e noticiários.
Paralelamente, decorre até 23 de novembro uma formação em assuntos económicos-financeiros, que “visa a capacitação dos jornalistas timorenses em matéria de jornalismo em Assuntos Económico-Financeiros para a aplicação das respetivas ferramentas necessárias para analisar, questionar e traduzir informação complexa para uma linguagem compreensível por todo o povo dentro da temática das finanças públicas, inseridas no contexto de Timor-Leste”, segundo uma nota dos organizadores.