A ministra interina da Saúde de Timor-Leste, Élia Amaral, reconheceu nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, que os locais de isolamento para infetados com o coronavírus estão ainda por preparar.
“Queremos montar isso rapidamente. Podemos ter acesso ao fundo de emergência e queremos ter esse espaço pronto. Esperamos fazer isso o mais rapidamente possível, mas não posso dizer quando, vamos tentar fazer o mais rápido possível”, explicou, acrescentando que a equipa interministerial já fez uma proposta para recorrer ao fundo de emergência para preparar os locais de isolamento.
Sem avançar um calendário, a governante disse que a equipa está a preparar camas e outros equipamentos para serem montados. “Algum equipamento já chegou na semana passada. Estamos a preparar a questão do isolamento”, garantiu.
Essa equipa interministerial, liderada pelo Ministério da Saúde, encontra-se em contacto com as Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) para recorrer a estruturas militares na zona de Formosa, nos arredores de Díli, em Hera (a leste da capital) e em Batugadé, junto da fronteira com Timor Ocidental.
Inicialmente, as autoridades timorenses afirmaram que uma ala do Hospital Nacional Guido Valadares, em Díli, seria estabelecida para isolar casos suspeitos. No entanto, essa zona está agora ocupada por outros doentes.
A representação da Organização das Nações Unidas em Timor-Leste também já manifestou preocupação com a falta de preparação de locais de isolamento e quarentena no país.
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de pelo menos 2.800 mortos e mais de 82 mil infetados, de acordo com dados de mais de 40 países e territórios. A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Irão e Coreia do Sul nos últimos dias.