O Governo de Timor-Leste defendeu nesta terça-feira, 12 de janeiro, as medidas de prevenção e mitigação da Covid-19 que tem vindo a aplicar, o que inclui as restrições inseridas no Estado de Emergência.
A posição foi exposta no Parlamento Nacional, onde o tema da pandemia foi debatido a pedido do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), numa altura em que o país se encontra no nono Estado de Emergência.
Segundo o vice-primeiro-ministro, José Reis, tratam-se de regras necessárias desde o início da pandemia para “evitar transmissão comunitária e salvar a vida da população”.
Devido às “fragilidades conhecidas do setor da saúde”, o Governo teve de adotar “esta estratégia para minimizar o risco da entrada e disseminação do vírus”. No entanto, continuou, tem havido o cuidado de atenuar os efeitos económicos, através da cesta básica, de apoio dado às empresas e a trabalhadores do setor informal, entre outros.
Oposição critica atuação do Governo
Por sua vez, a oposição criticou diversos aspectos da implementação das medidas de combate à Covid-19, incluindo dos programas económicos.
O chefe da bancada do CNRT, Duarte Nunes, pediu ao Governo que esclarecesse a situação atual, mencionando problemas com a execução do Fundo Covid-19, o pagamento a trabalhadores da linha da frente e as medidas de recuperação económica.
Outros deputados do partido interrogaram igualmente o Governo quanto aos problemas que têm sido denunciados com o programa da Cesta Básica, entre outros, que prevê a atribuição de produtos essenciais ou de um ‘voucher’ no valor de 25 dólares (20 euros) por pessoa. Isto porque têm sido reportadas muitas queixas e problemas sobre a qualidade de alguns produtos e do valor dos mesmos.
Há também denúncias de que autoridades locais estão a cobrar às famílias para que possam receber a cesta básica.
“Falam das medidas de prevenção, mas no terreno isso não se aplica. Vemos gente sem máscara, sem distanciamento social, sem lavagem de mãos”, observou ainda o deputado Adérito Hugo da Costa.