Timor-Leste aproveitou a 76.ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para pedir à organização internacional que se empenhasse na descolonização dos restantes 17 territórios não autónomos. O objetivo é permitir ao povo desses locais “os seus direitos de autodeterminação”.
“Ao embarcarmos na quarta década para a erradicação do colonialismo, Timor-Leste deseja aproveitar esta oportunidade para instar as Nações Unidas a empenharem-se no trabalho do Comité Especial para a Descolonização com o objetivo de realizar a descolonização dos restantes 17 territórios não autónomos, para permitir às pessoas nesses territórios exercerem os seus direitos de autodeterminação”, afirmou o Presidente da República de Timor-Leste, Francisco Guterres Lu-Olo.
As declarações do governante foram lidas esta segunda-feira, 27 de setembro, pelo representante permanente de Timor-Leste na ONU, Karlito Nunes. Nesse documento, Lu-Olo realçou o caso do Saara Ocidental, tendo dito que uma missão da ONU está presente no território há cerca de três décadas, mas que os progressos “não têm sido satisfatórios”.
“Reiteramos, mais uma vez, o nosso apelo ao secretário-geral das Nações Unidas para que o seu enviado especial para o Saara Ocidental reative urgentemente o processo de negociação entre a Frente Polisário e Marrocos”, disse ainda.