A terceira-vice-presidente do Partido de Libertação Popular (PLP), Maria Angelina Sarmento Lopes, manifestou a vontade da formação política que representa em relação ao facto de esperar que o Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), que lidera a nova coligação no país, possa resolver rapidamente o impasse político que se veio a agravar nos últimos tempos.
“O PLP não impedirá que a nova coligação pense na formação de um novo Governo. No entanto, mais uma vez, não pode sacrificar o Orçamento Geral do Estado, pois os duodécimos estão a acabar. [A nova coligação] Deve agir o mais breve possível. Podem, pois, viabilizar uma nova coligação para pôr fim ao impasse”, declarou aos jornalistas no Parlamento Nacional.
A mesma fonte reconheceu que esta coligação pode ser uma solução viável. No entanto, questionou a base jurídica da mesma, considerando que não é respeitado o Artigo n.º 9 da Lei n.º 33/2005.
“Esta é uma mera coligação política. Não é uma coligação com base legal. A formação de uma qualquer coligação política tem como objetivo principal resolver o impasse político. O Presidente da República propôs a todos os partidos políticos com assento parlamentar que dialogassem entre si para procurarem uma solução que pusesse fim à crise política”, expôs.
A deputada do PLP, liderado por Taur Matan Ruak, que ainda ocupa o cargo de primeiro-ministro, realçou que a sua organização política está pronta a sacrificar a posição no Governo, já que dá prioridade a que o CNRT possa encontrar uma solução para a situação política instável de Timor-Leste.
Recorde-se que além do CNRT, dirigido por Xanana Gusmão e com 21 deputados, a nova aliança é constituída pelo Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO), com cinco deputados, pelo Partido Democrático (PD), igualmente com cinco, e pelos partidos mais pequenos do Parlamento, que são o Partido Unidade e Desenvolvimento Democrático (PUDD), a Frente Mudança (FM) e a União Democrática Timorense (UDT), cada um com um deputado.