Timor-Leste pode enfrentar graves crises financeiras

Timor-Leste terá de enfrentar crises financeiras no futuro se o governo não desenvolver setores que podem beneficiar de forma significativa as Receitas do Estado.

Milhões têm sido gastos pelo governo timorense desde que o país teve a total independência em 2002, no entanto, não teve impacto no Produto Interno Bruto. Timor-Leste tem sido dependente dos seus recursos petrolíferos.

Atualmente tem cerca de 16 mil milhões de dólas no Banco Central da América, em Washington. Muitos analistas económicos dizem que Timor-Leste tem tido dificuldades para desenvolver os setores económicos, incluindo estradas e infra-estruturas de pontes, agricultura e turismo.

Timor-Leste pode ser como muitos outros países petrolíferos que falharam no uso do dinheiro do petróleo para se desenvolverem e que se enquadram nos países corruptos. Timor-Leste deve desenvolver seriamente o seu desenvolvimento físico e recursos humanos.

Mericio Akara (foto), diretor da ONG Luta Hamutuk em Díli, disse que o governo teve que aumentar os setores de desenvolvimento produtivo, porque esses setores poderiam aumentar o Produto Interno Bruto. O facto é que apenas 5% do orçamento do Estado 2016 provém do Produto Interno Bruto, segundo Mericio Akara.

O governo deve atuar para aumentar os rendimentos dos produtos nacionais, caso contrário Timor-Leste terá de enfrentar crises financeiras. O diretor declarou que o governo deve investir seriamente na área da agricultura, pesca e turismo.

Afirmou ainda estar pessimista sobre o impacto positivo do próximo Orçamento de Estado para a receita pública do Estado, porque o orçamento é muito baixo para o setores produtivos. O maior benefício é apenas para a infra-estrutura, segundo Mericio Akara.

O diretor disse que o governo tem de controlar o uso de eletricidade para que possa suportar o rendimento não-petrolífero. O governo deve estar ciente da situação se o petróleo e gás no campo de Bayu Undan secar um dia.  “Nós somos mais dependentes do petróleo por isso, se o nosso petróleo em Bayu Undan secar, o impacto são crises financeiras que trarão muitos problemas sociais “, segundo o diretor da Luta Hamutuk. O contrato de Bayu Undan vai acabar em 2022, mas pode secar antes desse ano, afirmou. “No passado, produziam-se 90 mil – 115 mil barris por dia, mas desceu para 50 mil barris por dia “, disse Mericio Akara. O primeiro-ministro Rui Maria de Araújo declarou que foi difícil aumentar os impostos não-petrolíferos do Estado.

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