O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, lamentou durante a sua visita à Austrália o estado em que se encontra o principal hospital do país em Díli, capital timorense.
Foi após uma ida a várias infraestruturas de saúde em Darwin, no norte do território australiano, que o governante comparou com o hospital de Díli e culpou as sucessivas más gestões hospitalares.
“É uma tristeza que o Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV) continue assim. Tem uma péssima gestão hospitalar”, afirmou à “Lusa” depois de visitar o Royal Darwin Hospital e a escola de investigação médica Menzies.
“Em Timor, e noutros países, fazemos o mesmo: o diretor do hospital é um médico. E um médico pode ser muito bom médico, mas pode não entender nada de gestão hospitalar. Para ser diretor não se tem que ser médico, mas tem que se ter formação em gestão hospitalar. E isso tem que acontecer em Timor”, salientou.
O chefe de Estado regressou assim ao hospital onde em 2008 esteve entre a vida e morte, após ter sido baleado num atentado em Díli. Ramos-Horta destacou os “grandes médicos, enfermeiros e funcionários administrativos” daquele que disse ser “um hospital verdadeiramente sério e super profissional, que além de bom equipamento, tem gente muito boa”.