Uma fonte do Ministério da Educação de Timor-Leste informou que a quase totalidade dos professores portugueses destacados no país, ao abrigo de um projeto luso-timorense em escolas timorenses, não deverão viajar para Díli no voo que está previsto para este mês de setembro.
O motivo deve-se ao pagamento das passagens dos docentes, que é da responsabilidade do Ministério da Educação timorense. Isto porque, devido a questões administrativas, Timor-Leste não pôde garantir esse pagamento.
A decisão, considerada “difícil”, foi igualmente tomada devido ao adiamento da data inicialmente prevista para o voo, que passou de 06 para 20 de setembro. Tal implicaria que os docentes, que teriam à chegada de cumprir quarentena, só poderiam regressar às aulas em outubro.
O ano letivo no país termina em dezembro. Contabilizada a época de exames, os professores só teriam então cerca de um mês de aulas antes de, eventualmente, deverem regressar a Portugal.
O Ministério da Educação explicou ainda que vão viajar apenas cinco coordenadores das escolas que estão em Portugal, assegurando assim que a situação “não afeta em nada o futuro do projeto ou da cooperação” com o Governo português nesta matéria.
Em causa está a situação de um grupo de 88 dos 138 professores destacados nos Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE). Estes preferiram partir para Portugal no voo de repatriamento no início de abril.