O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, esteve presente na tomada de posse do homólogo brasileiro, Lula da Silva, realizada no domingo, 01 de janeiro.
O governante timorense teceu rasgados elogios a Lula numa entrevista dada à “Lusa”, mas alertou para a fragmentação no Brasil. A seu ver, o recém-empossado irá enfrentar uma “sociedade profundamente fragmentada, as instituições violadas e por isso muito fragilizadas”.
Para Ramos-Horta, “o ex-Presidente [Jair Bolsonaro], que não vou mencionar o nome, teve oportunidade para resgatar um pouco de algum sentido de Estado, mas recusou ser alguém que sabe perder”, sendo esse reconhecimento “um acto de coragem e humildade”.
“Mas não soube aproveitar por ser quem é. É a natureza da pessoa”, observou, referindo-se assim ao facto de Bolsonaro não ter participado no rito tradicional da cerimónia de posse em que o Presidente cessante passa a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.
“As democracias também têm recuos e retrocessos”, concluiu.