O secretário de Estado do Ambiente de Timor-Leste, Demétrio Amaral, alertou que o país precisa de implementar rapidamente estratégias que contribuam para a atenuação dos efeitos das alterações climáticas, que já se começam a sentir em território nacional, principalmente nas zonas costeiras.
“Vemos muitas vezes os efeitos das alterações climáticas, não só em Timor-Leste, mas em todo o mundo. Efeitos que se notam em inundações ou outros problemas em muitos locais”, declarou. O aviso foi feito durante um seminário dedicado ao tema da “gestão de áreas costeiras num contexto de rápida urbanização turística e alterações climáticas” no sudeste asiático.
Nesse seminário foi apresentada alguma informação preliminar de uma investigação conduzida durante dois anos em três países, sendo eles Timor-Leste, Indonésia e Tailândia. Uma das preocupações do representante do Governo está relacionada com o impacto que as alterações climáticas terão nos futuros esforços do país para desenvolver o setor do turismo. “Em Timor-Leste, hoje em dia, o turismo ainda não está bem desenvolvido, mas consideramos que o país tem um forte potencial para que no futuro possamos reduzir a nossa dependência no petróleo”, explicou Demétrio Amaral.
Também o embaixador francês para a Indonésia e Timor-Leste, Jean-Charles Berthonnet, aproveitou a sua intervenção no seminário para dizer que o combate às alterações climáticas é um grande desafio, essencialmente nas zonas costeiras, uma situação que poderá prejudicar os países que dependem da costa na economia e social, com “grande vulnerabilidade de pequenas ilhas-nações que sentem o impacto diretamente”.
Berthonnet falou sobre o planeamento urbano e a inovação como eixos de trabalho para que sejam desenvolvidas políticas em várias áreas, como habitação, transporte ou proteção ambiental.