O secretário-geral do Partido Democrático (PD) disse estar confiante em relação à reunião marcada para esta sexta-feira, 06 de março, entre a nova coligação de maioria parlamentar e o Presidente da República de Timor-Leste, Francisco Guterres Lu-Olo.
Para António da Conceição o encontro será positivo e poderá dar uma esperança renovada ao povo timorense em relação à situação instável do país, que atravessa uma crise política há já alguns meses. O problema agravou-se em janeiro, devido ao chumbo do Orçamento Geral do Estado para 2020.
Nessa reunião irão participar os dirigentes das seis forças políticas e António da Conceição, que tomará notas. A mesma servirá para apresentar a coligação e, caso o chefe de Estado o solicite, deverá ser apresentado o nome do novo primeiro-ministro indigitado, cargo atualmente desempenhado por Taur Matan Ruak, e também dos futuros membros do Executivo.
Recorde-se que a nova aliança é liderada pelo Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), de Xanana Gusmão, integrando 34 dos 65 deputados do Parlamento Nacional. Além de ter o apoio dos 21 deputados do CNRT, maior partido da atual coligação do Governo, conta ainda com os cinco deputados do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) e dos cinco do PD.
Fazem igualmente parte da nova coligação os três deputados dos partidos mais pequenos no Parlamento, que são o Partido Unidade e Desenvolvimento Democrático (PUDD), a Frente Mudança (FM) e a União Democrática Timorense (UDT).
Entretanto, Matan Ruak está demissionário desde 24 de fevereiro e Lu-Olo continua por anunciar se aceita ou não o pedido de demissão. Após o encontro semanal entre ambos, o ainda primeiro-ministro felicitou a nova coligação, manifestando-se esperançado de que a mesma ajude a resolver a situação do país, que “precisa de um orçamento e de um programa” e não pode continuar a viver em duodécimos.