A União Europeia (UE) quer ter uma relação “mais estratégica e política” com Timor-Leste, além de reforçar a agenda de cooperação através de um novo mecanismo de financiamento.
A afirmação foi feita em entrevista pelo novo embaixador europeu em Díli, Andrew Jacobs, que disse que a UE quer reforçar o diálogo com o país asiático no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), uma vez que são partilhados princípios de direitos humanos, democracia e preocupações sobre alterações climáticas.
As afirmações foram feitas numa altura em que se encontram em curso negociações sobre o futuro da assistência europeia, que, de acordo com a mesma fonte, vai sair reforçada. O programa de apoio europeu a Timor-Leste, no âmbito do 11.º Fundo Europeu de Desenvolvimento (2014-2020), totaliza 95 milhões de euros.
Esse valor total, em que 15 milhões de euros são atribuídos já neste ano, será investido essencialmente nos setores de boa governação (30 milhões de euros), de desenvolvimento rural (57 milhões de euros) e de medidas de apoio (oito milhões de euros).
A UE está ainda a analisar com o Governo timorense o formato e as prioridades do próximo canal orçamental, visando consolidar o trabalho efetuado até ao momento, principalmente em setores onde a UE “acrescentou valor”, como boa governação e desenvolvimento rural.