Para conter o surto de ébola na República Democrática do Congo, foram enviados 145 voluntários da Cruz Vermelha do Congo e profissionais de saúde comunitários treinados, com o apoio técnico da UNICEF, para a província de Bas-Uele, informa a UNICEF em comunicado de imprensa divulgado esta terça-feira. Desde que foi declarada a epidemia, a 12 de maio, foram registados dois casos de contaminação pelo vírus do ébola, tendo uma delas morrido da doença.
Nestas províncias, as zonas têm pouca população e redes de comunicação muito precárias. Assim, estes técnicos são um apoio para implementar as campanhas de sensibilização pública, num contacto com os líderes das comunidades. Dessa forma, ajudam a conter os rumores que causam o pânico e a promover medidas práticas de prevenção para que as famílias se protejam contra o ébola.
Neste momento, estão em curso campanhas de informação através de rádios locais, em igrejas e mercados em todas as zonas áreas afetadas do país, refere o mesmo comunicado.
Tajudeen Oyewale, representante da UNICEF na RD Congo, sublinha que “trabalhar lado a lado com os profissionais de saúde e as comunidades afetadas é a estratégia mais eficaz para informar rapidamente a população sobre as formas de se proteger contra o vírus do Ébola e para evitar a propagação da doença”.
O governo da República Democrática do Congo disponibilizou serviços de saúde na zona afetada de Likati, gratuitos, para incentivar a deslocação das pessoas ao seu centro de saúde local em caso de doença. Por outro lado, os fundos da UE ajudaram a UNICEF a enviar um avião com artigos e medicamentos para equipar as unidades de saúde na região de Likati.
Por fim, no comunicado divulgado a UNICEF faz um apelo e explica que são necessários 2.8 milhões de dólares para responder ao surto da doença do vírus do ébola e para apoiar o Plano Nacional de Resposta.