Keith Khoza, porta-voz do partido do Congresso Nacional Africano (ANC) declarou haver suspeitas de “actividades irregulares” na Embaixada dos Estados Unidos. O representante do ANC adiantou que tais suspeitas serão comunicadas a Washington através de canais diplomáticos.
Khoza referia-se a acusações feitas na semana passada pelo secretário-geral do ANC, Gwede Mantashe, que aponta que os Estados Unidos planeiam uma mudança de regime na África do Sul, semelhante à Primavera Árabe. Mantashe falou na passada sexta-feira, numa marcha anti-racismo na capital de Pretoria, e deu conta de estar a ser planeada pelos Estados Unidos uma mudança de regime tal como aconteceu na Líbia e no Egipto.
De acordo com a agência de notícias “African News Agency”, os encontros realizados na Embaixada Americana não têm outro objectivo a não ser uma mobilização que visa a mudança de regime. O secretário geral da CNA diz estar ao corrente da existência de um programa que recruta jovens para os Estados Unidos durante seis semanas, trazendo-os de volta ao país onde são distribuyídos por todo o lado.
O embaixador americano na África do Sul, Patrick Gaspard, tem negado fortemente as alegações.
Patrick Gaspard, defende-se dizendo que os jovens em questão fazem parte do «Mandela Washington Fellowship» destinado a Jovens Líderes Africanos, uma iniciativa de Barak Obama iniciada em 2014.
O embaixador dos Estados Unidos diz estar “incrivelmente orgulhoso” do trabalho feito pelos seus colegas na África do Sul tanto em questões de saúde, como questões económicas e crescimento da taxa de empregabilidade. O embaixador referiu ainda, na sua página do “Twitter”, que de tudo fará para defender a honra e a integridade não-partidária dos seus colegas.