Cientistas da Universidade de Oxford

África do Sul testa se as vacinas para o Covid-19 funcionam contra a variante sul-africana

A África do Sul está a realizar estudos genómicos para verificar se as vacinas para o Covid-19 funcionam contra a variante no país.

Os testes acontecem depois de o ministro da saúde da Grã-Bretanha, Matt Hancock, e outros especialistas do Reino Unido terem manifestado o receio de que as vacinas possam não ser eficazes contra a variante sul-africana.

“Esta é a questão mais urgente que enfrentamos agora”, disse Richard Lessells, um especialista em doenças infeciosas que está a trabalhar nos estudos genómicos da variante no país.

“Estamos a realizar experiências urgentes em laboratório para testar a variante”, contra o sangue de pessoas com anticorpos e contra o sangue de pessoas que receberam vacinas, disse Lessells à Associated Press na segunda-feira.

Os testes, chamados de ensaios neutralizantes, ajudarão a determinar a confiabilidade das vacinas contra a variante, referiu o especialista.

A variante sul-africana, 501.V2, é mais infeciosa do que o vírus Covid-19 original e rapidamente se tornou dominante nas áreas costeiras do país. Espera-se que a variante se torne rapidamente dominante no interior de Joanesburgo, a maior cidade do país, e na província de Gauteng.

A África do Sul está a assistir a um ressurgimento do Covid-19 com um número rapidamente crescente de casos e mortes que estão a superar o primeiro surto no final de julho do ano passado.

A África do Sul registou mais de 1,1 milhão de casos de Covid-19, incluindo 29.577 mortes, de acordo com dados de segunda-feira do Centro Africano para Controlo e Prevenção de Doenças.

O presidente Cyril Ramaphosa anunciou na semana passada um retorno às restrições destinadas a desacelerar a propagação da doença, incluindo a proibição da venda de bebidas alcoólicas e o encerramento de muitas praias públicas e proibição de reuniões públicas.

Lessells apontou que o vírus Covid-19 está sujeito a mutações e à criação de novas variantes. “À medida que mais e melhor vigilância genómica é feita, quase certamente veremos mais variantes em outras partes do mundo”, sustentou.

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