O Al-Shabab, afiliado à al-Qaeda, reivindicou três ataques em dois dias nos municípios de Mandera e Garissa, perto da fronteira do Quénia com a Somália, provocando a morte de 14 polícias, segundo a AFP. A área é assolada por ataques regulares desde que o Quénia enviou tropas para a Somália em 2011, mas raramente com tanta frequência.
A primeira explosão ocorreu quarta-feira perto de Liboi, cidade da fronteira com a Somália, matando quatro polícias. Poucas horas depois, um carro da polícia escoltando o governador de Mandera também foi destruído e cinco passageiros morreram instantaneamente.
Também na quinta-feira, cinco outros oficiais que seguiam num terceiro veículo, enviados como reforços em Garissa, morreram também vítimas de ataque.
Em comunicado, a polícia queniana adiantou que já deteve vários suspeitos e reforçou as operações na área. No entanto, a propaganda do grupo sugere o contrário. No final de março, o Shebab editou um vídeo mostrando Ahmad Iman Ali, o chefe do ramo do Quénia, ameaçando o país: “Hoje, o governo e a oposição têm uma escolha, ver a morte dos seus soldados na Somália, ou vê-los morrer no Quénia. Podemos fazer as duas coisas.”
Segundo Matt Bryden, especialista em assuntos do Al-Shebab, oa militantes beneficiam atualmente de uma relativa liberdade de movimento do lado queniano, com uniformes e veículos das Forças Armadas roubados em ataques anteriores.