O presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Umaro Sissoco Embalo, defendeu este domingo (19.2) que o Mali, Guiné Conacri e o Burkina Faso precisam de “atenção e apoio para regressarem à ordem constitucional”.
No âmbito dos trabalhos da sessão extraordinária da conferência dos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO em Adis Abeba, Etiópia, à margem da 36ª Assembleia Geral da União Africana, Sissoco Embalo sublinhou também que “é urgente a implementação do Plano de Acção 2020-2024 da CEDEAO sobre o combate ao terrorismo”.
“Por essas razões, devemos prestar especial atenção a estes países e apoiá-los na organização de eleições pacíficas, que irão assegurar a estabilidade na região”, disse Sissoco Embalo, tendo lembrado que “a gestão das crises sociopolíticas no Mali, Burkina Faso e da Guiné têm beneficiado de apoio das respectivas mediações, dos ex-Presidentes Goodluck Jonathan, Mahamadou Issoufou e Yayi Boni”.
Nesta perspectiva Umaro Sissoco Embalo afirmou que “2023 vai ser o ano de renovação das instituições em diferentes países da organização”.
“Por isso, foi relançado o convite aos Estados-membros para que façam as suas contribuições para atingir a fasquia de mil milhões de dólares para o fundo regional contra o terrorismo”, frisou Embalo.
Sissoco Embalo adiantou ainda que “os Chefes de Estado decidiram encarregar o Comité dos Chefes de Estado-maior das Forças Armadas de estudar e propor, urgentemente, opções, modalidades e meios técnicos e financeiros para o efeito”, assegurando que instruiu o Presidente da Comissão “a envolver a Sociedade Civil e o Sector Privado na mobilização de recursos, e tomar medidas necessárias para apoiar os dois Patronos designados pela CEDEAO”.
“É necessário e imperativo que todos os Estados membros mobilizem esforços e acções em prol das necessidades da sub-região, de modo a assegurar a harmonia necessária e o desenvolvimento económico e social inclusivo, alicerçados pelo reforço da democracia e da boa governação”, acrescentou.
Apesar dos esforços diplomáticos, o Mali, Guiné Conacri e Burkina Faso não foram reintegrados na União Africana. Estes países foram suspensos na sequência de golpes de Estado e dos poderes instalados arrastarem o calendário para o regresso à ordem constitucional. A CEDEAO decidiu também de manter as sanções contra os três países.
Mamandin Indjai