O Pentágono anunciou esta quinta-feira, 15 de Novembro, que vai reduzir os seus efectivos militares presentes em vários teatros de operações em África em cerca de 10%. Hoje, 7.200 soldados americanos estão presentes em África, especialmente no Níger, Djibuti e na Somália.
Esta medida tem sido interpretada como a aplicação da estratégia definida no início do ano em que o novo quadro estratégico norte-americano vai priorizar uma resposta e prontidão face aos desafios das “potências revisionistas”, ou seja, a Rússia e a China. Passando assim a luta contra o terrorismo para um segundo plano.
A prioridade das forças norte-americanas passa a estar centrada na preparação para o combate em conflitos maiores com uma capacitação “estrategicamente previsível” para os seus aliados, mas “operacionalmente imprevisível” para os seus adversários, tal foi a fórmula apresentada pelo chefe do Pentágono, James Mattis.
Devido à importância estratégica da Somália e Djibuti, estes não estarão abrangidos pela redução dos efectivos militares americanos.
O anúncio de uma redução de 10% pretende não ser alarmista, tendo em conta que a redução pretendida pelos EUA é de cerca de 50% dos efectivos em África, a qual deverá acontecer em várias fases até 2021.