Depois de uma reunião realizada na quinta-feira, pelo Comité Científico e o Comité Técnico, as autoridades do Gabão esclareceram a sua posição quanto ao uso de hidroxicloroquina, comumente usada em tratamentos antimaláricos, no contexto do Covid-19.
Após as revelações da revista científica “The Lancet” e a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de interromper os ensaios clínicos com a hidroxicloroquina, tendo em vista o número crescente no Gabão de curas registadas de pacientes sob tratamento com hidroxicloroquina, foi acordado que o tratamento com cloroquina continuaria com cautela e que a combinação Lopinavir / Ritonavir, conforme indicado no protocolo terapêutico nacional, pode ser uma alternativa à hidroxicloroquina, se necessário.
Além disso, embora nenhum médico tenha relatado nenhum caso de morte relacionada à hidroxicloroquina, o Comité Científico irá realizar um estudo em pacientes que usaram cloroquina para concluir se tiveram algum problema de saúde enquanto tomava o medicamento.
Reconhecendo a importância dos estudos feitos, o comité lembra que também é verdade que, durante uma epidemia, a escolha do tratamento se baseia no benefício/risco, sublinhando que até ao momento, os resultados do tratamento com hidroxicloroquina são satisfatórios no país.
O comité assegurou ainda que está a ser feita a monitorização do desenvolvimento de informações científicas sobre este debate científico.
