O Sindicato dos Médicos funcionários públicos do Gabão (Symefoga) denunciou, em 13 de julho em Libreville, o “vil mercantilismo” do Copil com o estabelecimento de um serviço VIP para os testes do Covid-19. Segundo o sindicato, é um “golpe” que pode gerar 16 mil milhões de francos CFA de ganhos.
O estabelecimento de um serviço VIP para os testes de Covid-19 provocou a indignação do Symefoga. Reagindo à medida, “O Symefoga denuncia com toda a veemência esse mercantilismo ignóbil num período de pandemia ainda ativa“, afirmou o presidente do sindicato.
“Rejeitamos esse procedimento com os pacientes com base no seu nível social”, insistiu o Dr. Adrien Mougougou.
Instalado pelo Copil no laboratório Gahouma em Libreville, o serviço VIP permite que as populações sejam testadas rapidamente pelo valor de 20.000 francos CFA. Quem tiver capacidade financeira, pode obter o resultado do teste de Covid-19 em 2 horas ou 3 horas, em vez de 48 horas ou mais.
O teste provando a negatividade para o Covid-19 é necessário para deixar Libreville e viajar para outras localidades do país.
O Symefoga considera a iniciativa o início de uma farsa. “Senhor Presidente da República, não é segredo: a solicitação é tal que os tempos de resposta após a amostragem são superiores a sete dias em laboratórios anteriores, apenas o laboratório de Gahouma poderia fazer melhor. Por isso, é como se o Copil quisesse forçar os 800.000 habitantes de Grand Libreville a ingressar nesta lista VIP para ganhar 16 mil milhões de francos CFA“, acusou o sindicato.
“Por isso, exortamos o governo a interromper esse golpe e essa marginalização do povo gabonês“, concluiu a instituição.