Três gaboneses, com idades entre os 24 e 28 anos, foram presos pela Polícia Judiciária (PJ) por fabricarem resultados falsos negativos de Covid-19. No início de setembro, a Comissão de Resposta a esta pandemia (Copil) denunciou o surgimento de redes de traficantes de resultados.
Desde o início da pandemia, qualquer viajante dentro do país é obrigado apresentar um teste negativo de Covid-19. Não tendo podido fazer o teste ou ter recebido o diagnóstico antes de deixar Libreville, muitas pessoas optaram pela aquisição de resultados falsos negativos para o Covid-19.
Aproveitando a procura, surgiram grupos que produzem esses documentos falsos com rapidez com base em documentos reais de laboratório, mudando o apelido, o primeiro nome, a data e usando a mesma tipografia, de forma que tudo parece estar em conformidade.
Tendo notado a irregularidade, o Comité Diretor do plano de Monitorização e Resposta contra a epidemia de Coronavirus (Copil), alertou a opinião pública no início de setembro para “o surgimento de uma rede de produção ilegal e entrega de resultados negativos de covid-19 no nosso país”.
Na sequência do alerta e de reclamações de clientes insatisfeitos com o trabalho do trio formado por Sylvie Guilaine K, uma estudante de 24 anos; Collins K, estudante de 28 anos e Yoan Ivan S.I também de 28 anos, a Polícia Judiciária (PJ) abriu um inquérito que conduziu à detenção dos indivíduos.
“Uma quantia de 20.000 francos CFA era exigida às pessoas que solicitavam o documento falso com urgência, contra 10.000 francos CFA para aqueles que podiam esperar entre dois e quatro dias”, avançou o jornal L’Union.