O presidente da Gâmbia, Adama Barrow, fez formalmente um pedido à CEDEAO para uma prorrogação da permanência do Ecomig no país.
À margem da 57ª sessão ordinária dos Chefes de Estado da (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) CEDEAO em Niamey, Níger, Barrow declarou que “Dadas as reformas em andamento e a necessidade de proteger a frágil democracia na Gâmbia, aproveito este privilégio para solicitar a extensão do mandato do Ecomig na Gâmbia. De referir que a nossa Reforma do Setor de Segurança está em estágio avançado e, pela primeira vez, um exercício de auditoria foi realizado no exército e uma política foi desenvolvida. O processo de reforma continua sensível”, lembrando que o governo anterior moldou o sistema de segurança do país para servir de mecanismo repressivo.
“Como tal, uma série de incertezas, incluindo o dimensionamento correto e o perfil das Forças Armadas, questões de desarmamento e desmobilização de tropas continuam a ser assuntos complicados de resolver. Como o processo de reforma está em andamento, o Governo e os seus parceiros precisam trabalhar com cautela para concluir o processo com êxito”, detalhou o Chefe de Estado.
O líder gambiano argumentou que a presença da Ecomig no país será um fator de estabilização, fornecendo o apoio de capacitação necessário para a implementação viável das reformas do setor de segurança.
O pedido do presidente surge apenas 24 horas depois de o Conselho de Mediação e Segurança da CEDEAO ter também recomendado a permanência das tropas.
Segundo as declarações de Barrow, o governo da Gâmbia está a assegurar que os seus recursos humanos e estruturas sejam adequados às necessidades de segurança nacional do país e que os homens e mulheres nos serviços armados e uniformizados desempenhem um papel significativo e positivo no desenvolvimento nacional.
Segurança da África Ocidental
Barrow mencionou também as ameaças políticas e de segurança da África Ocidental, incluindo questões eleitorais e a necessidade urgente de envolvimento com os parceiros para encontrar soluções duradouras.
“Posto isto, agradeço os esforços empreendidos pela Comissão da CEDEAO e os seus parceiros na redução do terrorismo na África Ocidental, especialmente na Região Sahel do Saara e na Bacia do Lago Chade. Devemos todos nos esforçar para garantir que as etapas concretas propostas durante a nossa última assembleia em Abuja sejam implementadas ao máximo por meio da colaboração e, claro, do apoio dos nossos parceiros de desenvolvimento”, finalizou.