Depois de ter reconhecido a 9 de dezembro a derrota na eleição presidencial, e assumir publicamente a vitória do seu opositor Adama Barrow, Yahya Jammeh decidiu voltar atrás e pediu ao Supremo Tribunal, por intermédio do seu partido, para anular e refazer as eleições.
A crise despoletada com a reviravolta de Jammeh, há 22 anos no poder, levou uma delegação da Comunidade Económica dos Estados da África de Oeste (CEDEAO), chefiada pela presidente liberiana Ellen Johnson Sirleaf, deslocar-se à Gâmbia para tentar desbloquear a intransigência de Yahya Jammeh.
Pouco antes da chegada da delegação, a polícia gambiana, que continua fiel a Jammeh, encerrou os escritórios da Comissão Eleitoral Independente (CEI), que anunciaram a vitória de Barrow. A iniciativa da CEDEAO é considerada pela Comunidade Internacional como a “derradeira hipótese” para saída da crise
No Senegal, onde a Gâmbia está enclavada, a imprensa sugere com frequência que Dakar estará disposta a intervir militarmente para forçar a saída de Jammeh.
Para vários observadores a prioridade é o desarmamento imediato das forças fieis a Yahya Jammeh, a fim de evitar uma escalada da violência caso Jammeh recuse abandonar o poder. Um cenário que poderá transformar-se em violências e purgas étnicas.
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