A missão militar da CEDEAO na Gâmbia foi alargada até março de 2020 por decisão tomada numa sessão dos estados membros.
O Ecomig foi criado na Gâmbia desde o impasse político de janeiro de 2017, quando Yahya Jammeh se recusou a ceder o poder ao presidente eleito, Adama Barrow.
Os soldados da CEDEAO intervieram para pressionar o ex-ditador e forçá-lo a sair. Dois anos e meio após o impasse político, o Ecomig tem uma missão de manutenção da paz.
Vinte e dois milhões de euros foram gastos pela União Europeia (UE) para apoiar esta missão, mas, no momento, os europeus não foram solicitados a financiar o novo mandato.
“Eu acho que o país está estável, seguro e protegido. Chegou a hora de avançar e tornar visível a reforma do sistema de segurança. Hoje, se viajar pelo país, encontrará um número ainda maior de postos de controlo”, declarou Átila Lajos, o embaixador da UE na Gâmbia, que convida a reavaliar a relevância de tal missão.
A força Ecomig participa desses controlos que incomodam e atrasam os gambianos. Mas essa presença militar possibilita responder a vários desafios de segurança ainda presentes.
“Ainda há munição espalhada por todo o país. O Ecomig trabalha arduamente para manter o controlo dessas armas, onde se encontram e de onde a ameaça pode chegar. Porque não sabemos o estado de espírito das pessoas. Podem dizer a si próprios: “Estamos à espera da partida de Ecomig e começamos””, disse Vabah K. Gayflor, embaixador da CEDEAO na Gâmbia, citado pela RFI.
Vabah K. Gayflor admite atrasos na reforma do sistema de segurança e lembra que a força Ecomig é muito cara para durar. Por enquanto, o governo apoia a sua extensão.
Os 1.000 soldados do Ecomig estarão na Gâmbia até março de 2020.