A organização Repórteres Sem Fronteiras divulgou o seu ranking mundial de liberdade de imprensa esta terça-feira. A Noruega continua na liderança pelo 4º ano consecutivo. Em segundo lugar encontra-se a Finlândia e a Dinamarca em 3.
A França ocupa a 34ª posição, atrás de países africanos como Namíbia (23ª, no topo do ranking na África), Cabo Verde (25ª), Gana 30ª, África do Sul 31ª.
O Reino Unido é o 35º, os Estados Unidos são o 45º, o Canadá 16º, o Japão 66º, a China 177º e a Rússia 149º.
A Guiné perdeu 3 pontos face ao estudo anterior e ocupa o 110º lugar no ranking, precedida por todos os seus vizinhos – Senegal (47), Costa do Marfim (68), Namíbia (23).
A surpresa do ano é o Benin (há muito apelidado de Quartier Latin of Africa), que está em 113º lugar, a Nigéria em 115º.
Nos últimos lugares do ranking estão a Coreia do Norte (180º), Turquemenistão (179º) e Eritreia (178º).
“O Índice Mundial de Liberdade de Imprensa, que avalia a situação do jornalismo em 180 países e territórios todos os anos, mostra que os próximos dez anos provavelmente serão uma“ década decisiva ”para a liberdade de imprensa devido a crises que afetam o futuro do jornalismo: geopolítico (agressividade de modelos autoritários), tecnológico (falta de garantias democráticas), democrático (polarização, políticas repressivas), confiança (suspeita e até ódio contra os media) e crise económica (empobrecimento do jornalismo de qualidade)”, informa a RSF.
A RSF publica todos os anos desde 2002 um Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, analisando a situação em 180 países e territórios.
A ONG examina o pluralismo, a independência dos media, a prática de autocensura, a estrutura legal, para cada país estudado. As pontuações são calculadas a partir de um questionário oferecido em vinte idiomas a especialistas de todo o mundo, juntamente com a análise qualitativa, segundo o Repórteres Sem Fronteiras.