A missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Africana (UA) e as Nações Unidas (ONU), apelaram a um “diálogo inclusivo” para ultrapassar a crise pós-eleitoral que se instalou na Guiné-Conacri.
De acordo com um comunicado conjunto divulgado esta terça-feira, o objetivo desta missão conjunta de diplomacia preventiva visa travar “discussões com os principais atores do processo eleitoral, incluindo os candidatos presidenciais, o governo e as principais instituições envolvidas no processo eleitoral para reduzir as tensões sociopolíticas observadas após a eleição de 18 de outubro”.
Durante a sua estadia na capital Conacri, a missão teve encontros com o presidente Alpha Condé e iniciou consultas com o primeiro-ministro Kassory Fofana, o ministro dos Negócios Estrangeiros e outros membros do governo. Também dialogou com o candidato da UFDG, Cellou Dallein Diallo, que reivindica vitória na eleição presidencial; a Comissão Eleitoral Independente (CENI); o Tribunal Constitucional, bem como os embaixadores da França, dos Estados Unidos da América e da União Europeia.
A delegação lamentou os atos de violência pós-eleitoral que resultaram na perda de vidas humanas e destruição de bens públicos e privados e pediu às autoridades guineenses que acelerassem as investigações para responsabilizar os envolvidos na violência, a fim de levar os autores à justiça.
Pedindo um diálogo inclusivo, a delegação apelou às autoridades para que retirassem o dispositivo de segurança colocado à volta da casa de Dalein Diallo. Pediram também às partes interessadas que usem as instituições e disposições legais e regulamentares para resolver qualquer disputa resultante da eleição presidencial de 18 de outubro de 2020.