O apelo às manifestações lançado pela oposição contra a contestada reeleição de Alpha Condé não teve adesão, visto que a população permaneceu confinada em casa, tanto em Conacri como na província.
As ruas de Conacri estiveram particularmente vazias na terça-feira, dia para o qual a oposição convocou protestos contra o polémico terceiro mandato do presidente Alpha Condé.
O apelo às manifestações esbarrou na presença de forças de segurança nas principais ruas da capital na terça-feira. Com as ruas vazias, o tráfego fluiu e muitas lojas permaneceram encerradas.
Mesmo assim, o líder da oposição, Cellou Dalein Diallo, que ficou em segundo lugar na eleição presidencial de 18 de outubro, segundo os números da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), congratulou-se com o “grande sucesso” do dia, apesar da ausência de aglomeração.
“Não temos preferência entre levar as pessoas às ruas ou criar as condições para a paralisia total de Conacri e do resto do país”, disse.
“Ou ainda, se quiser, preferimos que a população fique em casa e paralise o país, ao invés de sair para se reunir e ser massacrada pela polícia sem escrúpulos”, acrescentou Dalein.
O líder da União das Forças Democráticas da Guiné, Cellou Dalein Diallo, que reivindica 53% dos votos, declarou-se vencedor no dia seguinte à votação e exige o reconhecimento da sua vitória na primeira volta
A violência pós-eleitoral já matou 21 pessoas, incluindo membros das forças de segurança. No entanto, a oposição garante que pelo menos 27 foram morreram.