Os líderes da África Ocidental iniciaram esta segunda-feira uma cimeira virtual sobre o aprofundamento da crise política do Mali. A reunião surge depois de dois esforços de mediação neste mês terem terminado inconclusivamente.
Os Presidentes da Comunidade Económica dos 15 países da África Ocidental (CEDEAO), da qual o Mali é membro, pretendem amenizar as tensões entre a oposição e o presidente Ibrahim Boubacar Keita.
Os protestos anti-Keita de 10 de julho desenvolveram confrontos que deixaram 11 mortos na pior crise política que Mali já viu em anos.
Keita, de 75 anos, está no poder desde 2013, depois de vencer as eleições nas quais surgiu como o salvador nacional diante de uma rebelião regional.
Desde então, os problemas do país aumentaram e a revolta está a aumentar.
O presidente é perseguido por uma insurgência jihadista, uma profunda crise económica e acusações de que o resultado das últimas eleições legislativas foi distorcido.
No mês passado, surgiu uma coligação de vários grupos, com Mahmoud Dicko, um imã conservador treinado pela Arábia Saudita que há muito tempo é um flagelo do governo de Keita.
Os sucessivos protestos do movimento da oposição no dia 5 de junho abalaram o poder de Keita, gerando receios entre os países vizinhos de que o estado poderia entrar em caos.