“Menina bomba” morre em atentado suicida na Nigéria

Uma menina de 10 anos morreu depois do colete suicida que usava ter explodido no nordeste da Nigéria, anunciou um vigilante civil esta terça-feira. No mesmo dia, um outro ataque fez um morto numa mesquita.

Musa Ahmad, que trabalha com os militares contra os islamistas do Boko Haram, disse que o incidente aconteceu às 11h30, hora local, em Banki, perto da fronteira dos Camarões no estado de Borno.

“Uma menina de cerca de 10 anos entrou no quartel militar e tentou atravessar a estrada para o campo IDP (deslocados internos) “, afirmou em declarações à AFP.

“Os soldados mandaram-na parar, mas ela ignorou-os. Parou depois de ser ameaçada e pediram-lhe que levantasse o seu hijab. Quando levantou, foram encontrados explosivos amarrados ao corpo. Ela puxou o gatilho e explodiu.” contou Ahmad, acrescentando que mais ninguém ficou ferido.

Esta foi a segunda tentativa de atentado no campo nas últimas semanas. A 18 de janeiro, uma jovem e um adolescente foram abatidos quando se recusaram a parar para uma busca e explodiram mesmo à saída do acampamento.

Segundo Ahmad, os atentados com bombistas são uma forma de Boko Haram “ripostar”, após recentes operações militares terem ocorrido contra o grupo na área.

Banki, que fica a 133 quilómetros a sudeste da capital do estado de Borno, Maiduguri, é atualmente o lar de milhares de deslocados internos.

Em abril do ano passado, pelo menos sete pessoas morreram no campo num atentado suicida perpetrado por duas mulheres.

O Boko Haram utiliza frequentemente jovens mulheres e crianças como bombistas suicidas para atingir lugares lotados, como mesquitas, mercados e estações de ônibus.

Na terça-feira, pelo menos uma pessoa foi morta quando um homem-bomba explodiu numa mesquita em Dalori, nos arredores de Maiduguri, durante as orações da manhã, disseram moradores e autoridades.

Dezenas de milhares de pessoas deslocadas pelo conflito estão atualmente vivendo em dois acampamentos instalados em Dalori.

Em 30 de janeiro do ano passado, pelo menos 85 pessoas foram mortas quando combatentes militantes invadiram e incendiaram Dalori, forçando os moradores locais a fugir para o mato.

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