Os produtores franceses Total e norte-americano Exxon Mobil iniciaram negociações com o objetivo de obter um acordo de partilha de recursos de gás numa área que se sobrepõe a cada um dos respetivos projetos de desenvolvimento em Moçambique. O anúncio foi feito à Reuters por três fontes próximas às duas empresas.
Segundo este último, cada um dos produtores procura, em particular, extrair mais gás desta zona para as sinergias de desenvolvimento existentes, a fim de reduzir os custos de produção. As negociações envolvem também o governo moçambicano, que deve dar a aprovação final a qualquer novo acordo.
Sendo membro do acordo de partilha de produção nos dois perímetros, o Estado moçambicano poderá, em caso de acordo, aumentar a sua quota de gás extraído dos locais e assim contar com maiores receitas de gás.
Segundo avança a Agence Ecofin, a Total está a desenvolver a zona 4 e planeia instalar uma planta de liquefação de gás natural, chamada Mozambique LNG, que terá uma capacidade de produção de 12,88 milhões de toneladas de GNL por ano. A Zona 1 adjacente à Zona 4 e operada pela Exxon Mobil, por sua vez, deverá permitir a produção de 3,4 milhões de toneladas de GNL por ano, expansível para 15,2. Isso por meio do projeto Rovuma LNG.