A construção da barragem hidroelétrica do Inga III na República Democrática do Congo (RDC) foi comprometida na sua evolução após a última decisão do Banco Mundial de suspender a sua contribuição financeira. Na sua declaração emitida em 5 de julho a instituição confirma a suspensão dos desembolsos no âmbito do seu projeto de assistência técnica para o desenvolvimento do projeto hidroelétrico Inga III baixo e de outros investimentos de média dimensão na RDC.
O comunicado não refere as razões para esta decisão difícil de digerir pelos povos africanos que esperavam colher os benefícios deste investimento importante.
Para a instituição de Bretton Woods, esta decisão “vem na sequência da decisão do Governo da RDC para dar ao projeto uma direção estratégica diferente daquilo que foi acordado em 2014”.
De referir que no momento da aprovação desta ajuda, o objetivo era apoiar “o desenvolvimento transparente do Inga 3-BC controlado pelo governo como parte de uma parceria público-privado “.
Entretanto a última avaliação efetuada em junho passado sobre o progresso do projeto não foi do agrado de peritos da Bretton Woods. Fontes próximas do processo adiantaram que foram feitos progressos muito insuficientes para a realização deste projeto, nomeadamente em matéria de atrasos na criação da autoridade responsável pelo desenvolvimento e gestão do Inga III.
Recorde-se que em março de 2014, o Banco Mundial aprovou uma subvenção de $ 73.100.000, mais da metade (47,5 milhões) foi diretamente destinado a este projeto localizado em Inga Falls. Cerca de 6% do montante da contribuição foram desembolsados até o momento.
Esta decisão do Banco Mundial é um duro golpe No projeto, que tem o objetivo de fornecer energia para toda a região.
O Inga III, teria uma capacidade de produção de 40.000 MW, o equivalente a mais de 24 reatores nucleares de terceira geração que seriam exportados para a África.