Oficiais burundianos deslocaram-se ao Uganda para persuadir refugiados a regressar a casa por terem sido mal recebidos no país.
Num comício organizado por uma equipa liderada pelo Ministro dos Assuntos internos do Burundi, Pascal Barandagiye, os refugiados em Nakivale exigem justiça, uma força da União Africana para proteger aqueles que se oponham ao governo e a resignação do presidente Pierre Nkurunziza.
“Para se tornar num refugiado tem de haver uma razão. No nosso caso foi um homem que escolheu exercer um novo mandato. Ele já não está lá para que possamos regressar?”, questionou Jevunel Gahungu, antigo membro do Parlamento do partido Frodebu.
O partido Frodebu está entre os cinco partidos da oposição que o presidente Nkurunziza defende que devem ser afastados das conversações de paz lideradas pelo presidente Benjamin Mkapa que estão a decorrer em Arusha, na Tanzânia.
Gahungu referiu que o governo define como alvos indivíduos, uma alegação que é apoiada por várias organizações sociais.
Para se precaverem, Gahungu defende que Bujumbura deve permitir que a União Africana envie tropas para que os que se opõem a Nkurunziza se sintam protegidos. Mas o governo é contra tal sugestão.
Para regressar ao seu país como cidadãos livres, os refugiados exigem justiça e a reparação da sua situação bem como a dos seus parentes.