Depois de grande expectativa, a remodelação governamental tão esperada foi anunciada.
Deixam o governo Filiga Michel Sawadogo, antigo ministro do Ensino Superior, da Investigação Cientifica e Inovação, que esteve envolvido numa polémica relativa às bolsas dos estudantes burquinabês em Marrocos, e Aminata Sana/Congo, ministra do Desenvolvimento Numérico, que esteve igualmente implicada num escândalo que ficou conhecido como das “tabletes HUAWEI”.
Passam a pertencer ao executivo Jean-Claude Bouda, antigo ministro da juventude que passa a assumir a chefia do Ministério da Defesa Nacional e dos Antigos Combatentes; Alkassoum Maïga assume a pasta do Ensino Superior; Nicolas Meda, ministro da Saúde; Oumarou Idani no Ministério das Minas e por fim Hadja Fatimata Ouattara, que assume a pasta da Economia Numérica.
A grande novidade é no Ministério da Defesa que sai da tutela do Presidente para ser entregue a Jean-Claude Bouda, respeitando assim uma promessa do presidente Roch Kaboré.
Para além do novo Ministério das Minas, não passou despercebida que a criação de dois outros ministérios como resultado da divisão do ministério da Segurança, Administração Territorial e da Descentralização. Assim, Simon Compaoré passa a chefiar apenas o ministério da Segurança, e o ministério da Administração Territorial e da Descentralização foi entregue a Siméon Sawadogo. Uma decisão que revela a preocupação acrescida do executivo face ao aumento da ameaça jihadista no país.
Nenhuma alteração foi adotada no ministério dos Negócios Estrangeiros, Justiça, Economia e Finanças.
O executivo do primeiro-ministro Paul Kaba Thiéba passa a ser composto por 26 ministérios, dois ministérios delegados e quatro Secretarias de Estado.