Um possível atraso pode acontecer na chegada a Juba, capital do Sudão do Sul, do líder rebelde Riek Machar, que é uma parte crucial para a implementação do acordo assinado em agosto passado entre o governo de Juba e o Movimento da Oposição de Libertação do Povo do Sudão (SPLM-In Opposition).
Na semana passada, o líder rebelde Machar afirmou que estava pronto para regressar a Juba, uma vez que a cidade tinha sido desmilitarizada e que o primeiro grupo de 1.370 elementos das suas tropas tinham sido transportados para Juba.
Entretanto, o porta-voz militar do SPLM-In Opposition, coronel William Gatjiath Deng, afirmou que as tropas não vão chegar a Juba na próxima quinta-feira, como agendado, devido ao governo do Sudão do Sul não ter designado áreas de acantonamento, alimentação e apoio médico para as tropas.
Segundo declarações do coronel Deng, a Comissão de Avaliação e Monitorização (JMEC) ainda não deu garantias ao governo etíope para permitir a passagem dos rebeldes, com o seu armamento ligeiro pela Etiópia.
O militar acrescentou que o IGAD-Plus, que inclui a Comunidade do Leste Africano, a União Africana, China, União Europeia, Reino Unido, EUA e Nações Unidas, deve transportar a tropas rebeldes até Juba. Mas, uma vez que as tropas cheguem a Juba, o governo do Sudão do Sul será responsável pelo seu transporte para as zonas de acantonamento.
Entetanto, o ministro da Informação do Sudão do Sul, Michael Makuei, afirmou que os rebeldes ainda não enviaram os nomes dos seus membros ao transportador que os deve levar a Juba, assim com o tipo de armas que transportam.