O governo da Tanzânia pediu um empréstimo de 785 milhões de dólares ao Banco Mundial para executar projetos de desenvolvimento no próximo ano fiscal, revelou ontem o ministro de Finanças e Planeamento, Philip Mpango.
Segundo o ministro, os projetos incluem a implementação da segunda e terceira fase do Trânsito Rápido de transportes públicos em Dar es Salaam, que deverá custar 425 milhões de dólares e a expansão do porto de Dar es Salaam no montante de 305 milhões de dólares.
“As negociações também estão em andamento para garantir fundos para a construção de um intercâmbio em Ubungo, não temos números reais, mas as estimativas iniciais mostram que o projeto vai exigir pelo menos 60 milhões de dólares.
“A expansão do porto de Dar es Salaam requer 600 milhões de dólares americanos, mas o Banco Mundial ofereceu 305 milhões de dólares para a primeira fase do projeto”, explicou Mpango, em conferência de imprensa em Dar es Salaam, depois de uma reunião à porta fechada com o vice-presidente do Banco Mundial para a região da África, Makhtar Diop, que está no país para uma visita de trabalho.
Mpango adiantou que a instituição concordou em formar um comité conjunto com o governo para empreender reformas políticas para reformar a Companhia de Abastecimento Elétrico da Tanzânia (TANESCO). “A Tanzânia exige energia confiável e acessível para os seus projetos de industrialização, e obriga a reformas políticas no setor de energia”, explicou.
Há também projetos em curso sobre reformas de políticas para melhorar o ambiente de negócios na Tanzânia e capacitação na execução de projetos de Parcerias Público-Privadas (PPP) sob o financiamento do Banco Mundial.
O governante também referiu outros projetos de investimento, no setor do ambiente, educação e gestão de orçamento e transparência.
Mpango observou ainda que o Banco Mundial e o governo da Tanzânia assinariam um acordo para um empréstimo para levar a cabo a segunda fase do projeto de desenvolvimento da água em Dar es Salaam.
Diop felicitou o governo pela quinta fase do combate à corrupção, mas alertou contra empréstimos indiscriminados, enfatizando que a dívida nacional deve permanecer sustentável. O principal chefe do Banco Mundial para a África exortou os países africanos livrar-se das barreiras não-tarifárias, que descreveu como impedimentos comerciais no continente.
“Os países africanos devem abrir suas fronteiras para permitir uma circulação suave de pessoas e bens para impulsionar o comércio regional, hoje encontram-se regiões com excesso de alimentos e outras com déficit, mas isso poderia ser resolvido se eliminássemos barreiras comerciais entre países”, disse.