WGEG: Dois poços de petróleo africanos estão entre os 20 maiores para 2021

Como todos os anos, a empresa de análise de dados de petróleo Westwood Global Energy Group, WGEG, publicou sua lista dos 20 principais poços de petróleo para 2021. Esses são projetos que, se bem-sucedidos, terão um impacto significativo no setor a nível local, regional ou internacional, de acordo com a Ecofin.

Dois poços africanos são citados no ranking dos 20 poços de alto impacto que podem agitar o setor este ano. Trata-se de Venus-1 localizado no bloco ultraprofundado 2913-B da Namíbia e o poço Ondjaba-1, localizado no bloco offshore 48 ao largo de Angola. Ambos pertencem a joint ventures nas quais a Total é a operadora.

Os poços estão divididos em quatro categorias: os que vão testar bacias de fronteira, os que vão testar novas áreas em bacias já comprovadas, os que têm um potencial imenso, apesar dos elevados riscos exploratórios e os que são prospetos importantes e que desempenharão um papel catalítico no caso de sucesso.

Estados Unidos têm o maior número de projetos

Com 5 poços, os Estados Unidos têm o maior número de projetos dos 20 destacados.

Vênus-1 é classificado na primeira categoria, ao lado do Perseverance bem ao largo das Bahamas. Já o Ondjaba-1 encontra-se na terceira categoria, com outros cinco poços, incluindo Bulletwood na Guiana e Nemo no Brasil.

Localizado na bacia ultra-profunda de Orange, na fronteira com a África do Sul, o poço Venus-1 do bloco 2913-B da Namíbia pode se tornar a maior descoberta na África em uma década, com 2 mil milhões barris de petróleo. Também será o poço mais profundo já perfurado na África.

Já o Ondjaba-1 tem uma hipótese em duas de sucesso, com potencial de 1,3 mil milhões de barris de petróleo. A estimativa é de que o seu poço atinja 3.628 m de lâmina d’água, sendo o poço mais profundo já perfurado na história da região. Segundo Pedro Ribeiro, director-adjunto do bloco 48, em caso de descoberta, a entrada em produção do local exigirá o desenvolvimento de um equipamento diferente do que hoje é utilizado, porque se está no limite das tecnologias actuais.

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