O Zimbábue vai permitir que mais duas empresas privadas explorem e extraiam diamantes no país, elevando para quatro o número de empresas que irão operar no setor, anunciou o ministro de minas, Winston Chitando.
Na semana passada, Chitando disse que o país não planeia mudar as suas regras de propriedade para diamantes e platina, diminuindo as esperanças entre alguns mineiros de que o país abra a sua propriedade enquanto anuncia novas infraestruturas minerais nas próximas semanas.
Num vídeo publicado na página oficial do Ministério da Informação no Twitter na terça-feira, Chitando declarou aos repórteres que o gabinete adotou uma nova política de diamantes que permitirá que mais duas empresas privadas explorem e minerem diamantes. O ministro não nomeou as duas novas firmas de diamantes.
Segundo o governante, qualquer empresa ou pessoa com títulos de diamantes teria que entrar em parceria com as quatro empresas.
Os maiores campos de diamantes estão em Marange, no leste do Zimbábue, onde a produção é dominada pela estatal Zimbabwe Consolidated Diamond Company. A expectativa é de produzir 3,5 milhões de quilates este ano, mais do que os 2,5 milhões em 2017.
A Murowa Diamonds, de propriedade maioritária da Rio Tinto até junho de 2015, é a única companhia privada de mineração de diamantes no centro-sul do Zimbábue.
“Quatro é um número que se considerou que daria ao governo e a todas as partes interessadas o controlo efetivo do que está a acontecer no terreno”, referiu Chitando.
A Vast Resources, de Londres, e a Botswana Diamonds disseram anteriormente que estão a planear a mineração de diamantes em Marange, em parceria com uma comunidade local de confiança.
No início de 2016, o governo de Mugabe expulsou todas as empresas de mineração de diamantes, incluindo duas empresas chinesas de joint venture de Marange, alegando que as suas licenças tinham expirado depois de se recusarem a se fundir sob a estatal de mineração.