As escolas do Zimbabwe reabriram na segunda-feira, recusando os alunos nalguns estabelecimentos porque não havia professores para ministrar as aulas.
A situação acontece depois de a Associação de Professores do Zimbabwe (ZIMTA), que representa 42.000 professores, ter incitado os docentes a nãp comparecerem ao serviço devido a incapacitação e falta de equipamento de proteção individual (PPEs).
Outros sindicatos de professores, como o Amalgamated Rural Teachers Union of Zimbabwe (ARTUZ) e o Progressive Teachers Union of Zimbabwe (PTUZ), também declararam incapacitação nos últimos dias.
O diretor executivo da ZIMTA, Sifiso Ndlovu, informou a imprensa que os seus membros resolveram boicotar as aulas até que a questão dos EPIs nas escolas fosse abordada.
Segundo Ndlovu, “As escolas, principalmente as públicas, ainda não foram equipadas com EPIs e, como ZIMTA, sentimos que não era adequado expor professores e alunos ao COVID-19. Mesmo os pais não têm dinheiro para comprar EPIs e, portanto, a maioria dos nossos membros não compareceu ao serviço. O governo também prometeu recrutar mais professores antes da reabertura das escolas, mas não aconteceu. Outra questão é que os professores não têm como comprar passagem de autocarro para ir trabalhar”.
Apenas começaram a funcionar as aulas de exame ZIMSEC após a aprovação do Gabinete para uma reabertura em três fases.
As restantes classes estão previstas para começar em 26 de outubro, e 9 de novembro.