Os Estados Unidos exortaram os principais funcionários do governo do Zimbábue a reformar e impedir as violações dos direitos humanos, admitindo que apenas as sanções não são suficientes para obrigar o Zanu-PF a restaurar o estado de direito no país.
Numa conferência telefónica a partir de Washington com a imprensa do Zimbabwe, Robert. A. Destro, secretário adjunto do Gabinete de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho do governo dos EUA, disse que promover a democracia é dever de todos os zimbabweanos.
As declarações surgem após a colocação de sanções ao ministro da Segurança do Estado, Owen Ncube e ao embaixador do Zimbabwe na Tanzânia, Anselem Sanyatwe, pelo suposto envolvimento em violações de direitos humanos, nomeadamente ataques a manifestantes e opositores políticos no Zimbábue.
“Impor sanções não é suficiente. A responsabilidade e o controlo da violação dos direitos humanos são do Zimbabwe e do seu povo”, afirmou Destro.
“O ponto principal das sanções é fazer com que as pessoas se movam na direção certa”, acrescentou.
As novas medidas restritivas a Ncube e Sanyatwe foram anunciadas quarta-feira pelo Departamento de Controlo de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA (OFAC).
“Líderes políticos e militares no Zimbabwe têm usado repetidamente a violência para silenciar a dissidência política e protestos pacíficos“, referiu o vice-secretário do Tesouro Justin G. Muzinich em comunicado.
Muzinich disse que o governo Trump responsabilizará as elites corruptas do Zimbabwe pelo seu governo repressivo e violento.