O governo do Zimbabwe anunciou que colocou cerca de 10.000 professores qualificados, mas desempregados, prontos para substituir os professores que estão em greve desde que as escolas reabriram para aulas de exame na segunda-feira.
O Ministro da Educação Primária e Secundária, Cain Mathema, disse que as medidas visam dar emprego à maior parte dos professores qualificados, mas desempregados, informou o jornal The Herald esta quarta-feira.
De acordo com o sindicato dos professores, Progressive Teachers Union of Zimbabwe, mais de 60% dos professores das escolas públicas não se apresentaram ao serviço quando as escolas reabriram, alegando incapacitação causada por remuneração insuficiente. Os professores exigem salários de pelo menos 540 dólares americanos por mês (ou seu equivalente na moeda local) para retomarem o trabalho.
Segundo Mathema, o governo não vai permitir “uma situação em que os alunos, que perderam um tempo precioso durante o confinamento devido à Covid-19, continuassem sem aulas.“
“As negociações entre o governo e os trabalhadores estão em andamento e esperamos que encontrem em breve um ponto de acordo para melhorar a vida dos funcionários públicos”.
“Lembramos que os alunos não vão à escola desde março e o governo não vai permitir uma situação em que continuem em desvantagem. Temos pelo menos 10.000 professores desempregados e não teremos outra opção a não ser empregar rapidamente alguns desses professores”, disse Mathema.